terça-feira, 23 de agosto de 2011



"Trago esse sorriso por desobediência.
  Desobedeço a tristeza."



Queremos as coisas rápido demais,
 sem entender que a primavera se prepara
 debaixo do chão frio,
 repleto de flores secas.



'Há que se ter compaixão
e paciência e ternura porque é muito trabalhoso:
estamos todos juntinhos,
na mesma escola,
aprendendo a amar.'

domingo, 21 de agosto de 2011

phfelings:

Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e te protege de tudo.
Caio Fernando Abreu

Hoje eu queria um abraço daqueles que te sufoca de tão apertado e te protege de tudo.






"...Sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor. Pois se eu me comovia vendo você. Pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo. Meu Deus, como você me doía de vez em quando. Eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes pra abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme só olhando você sem dizer nada só olhando e pensando, meu Deus, como você me dói de vez em quando"

quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Talvez haja muita acidez na lucidez, talvez haja a percepção de detalhes das belezas que nunca reparamos. Quando estamos num turbilhão emocional, as imagens turvas pedem anestesias e a gente acha que obtém algum controle sobre as coisas, porque pensamos que podemos deixar pra cuidar da nossa vida amanhã. Mas à medida que protelamos nossa transformação, à medida que adiamos nossa mudança, adiamos também uma forma nova de sentir outras alegrias. E fechamos os olhos pra quem está ao lado, ou banalizamos um possível encontro que poderia desencadear uma história mais bonita. Ter a felicidade como um propósito, é a coisa mais difícil que conheço. Estamos sempre fugindo de nós mesmos e nos julgamos espertos demais com a porção de pequenas mentiras que nos inventamos. Mas a angústia que vem disso não nos deixa esquecer que só estamos adiando um processo precioso e delicado demais já que podemos continuar nos anestesiando. É preciso estar pronto, mas estar pronto também é transitório. E é preciso lucidez e coragem pra enfrentar o nosso pior inimigo: nós mesmos. Admitir que estamos nos fazendo mal com alguns hábitos ou relacionamentos destrutivos é assustador. E muitas vezes a sensação de impotência é o que impera. Somos imediatistas demais e não queremos sentir dor. Camuflamos nossa infelicidade da forma mais adequada que podemos. E passamos boa parte da vida sendo quem não somos. Até que nos esquecemos de quem somos e vivemos aquela máscara social por tempo demais, mas sempre com aquela sensação de que alguma coisa está fora do lugar, nutrindo relações vazias e breves com medo de sermos descobertos.
Quando entrei em reclusão para organizar o que estava fora do lugar, tive uma das piores sensações da minha vida: era uma espécie de crise de abstinência e a bagunça estava tão arraigada que eu não sabia por onde começar a arrumar as coisas. Foram noites e dias enfrentando a vida de peito aberto, e sangrava. Eu chorava baixo e pedia paciência. E tinha pesadelos todas as noites. Acordava cansada e com o olhar mais triste que já tive.Até que tudo foi se ajeitando aos poucos, dentro do meu tempo e dos meus limites. Eu estava num processo de cura e não percebia.Mas estava buscando avidamente ser quem eu realmente era, ou pelo menos, melhor.
Hoje, eu consigo olhar pro meu passado como uma espectadora. E apontar cada detalhe e cada erro e acerto e cada instante e sensação e fuga. As projeções que fiz, as dependências que criei, as compulsões que tive, hoje são um presente de maturidade e otimismo. Porque comecei a atrair pessoas, histórias e assuntos mais leves, saudáveis. E criei pra mim uma rotina de paz, e deixei de admirar muita gente e aapreciar outras.E vivi muita solidão, muita solitude, muito aconchego também.
Hoje sou tão grata por tudo que doeu, por tudo que sangrou, pelo sono perdido. Retomei o controle da minha vida e estou sendo amada de uma maneira que me deixa mais segura. Perdi meus medos, sobrou apenas a minha fobia de altura. E, por menos que eu tenha escrito, a poesia sempre esteve em mim.


terça-feira, 9 de agosto de 2011


"Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. [...] Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente."



Com a passagem da maré "pesada", percebi que tudo estava se encaminhando mal. Já havia perdido o controle da situação e não encontrava forças para erguer-me. Foram golpes e mais golpes seguidos, uma luta na qual  eu não era a vencedora. Foram dias difíceis, bem difíceis...
Ondas violentas, fortes... tão fortes que cheguei a me afogar no mar da tristeza. Não avistava a terra firme, não alcançava o chão. Foram dias de naufrágios em que o S.O.S quase falhou, no último segundo de que ainda me restava ele deu o sinal, alguém respondeu na linha.
Confesso que tive que reaprender a ter fé, fé no que poderá vir depois de tempestades. E hoje estou aqui, em terras firmes, para me orgulhar de mais uma vitória. A vida segue, é efêmera demais para ser desistida assim; mas foi preciso muita coragem.
Agora vem a maré de calmaria, a paz que tanto ausente esteve vem acompanhada da esperança e felicidade. Tomara que se perdurem por um bom tempo. Agora é a hora de um recomeço!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011




Liberdade de voar num horizonte qualquer,
liberdade de pousar onde o coração quiser.

Olhar o mundo com a coragem do cego
ler da tua boca as palavras,com a atenção do surdo
falar com a mão e com os olhos,como fazem os mudos!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

querosinceridade:

Solidão não é estar sozinho , é estar no meio de mil pessoas e sentir falta de uma única.

Solidão não é estar sozinho , é estar no meio de mil pessoas e sentir falta de uma única.



O que será que acontece pra gente um dia não se querer mais?





Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz.






'É fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado.
É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando.
Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado.
Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do quehabitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja.
Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro.
Difícil é amar quem não está se amando.
Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas,recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.'




"Podes duvidar que há fogo nas estrelas
Duvidar que o sol que nasceu vai se pôr
Duvidar das verdades, se não queres crê-las
Mas nunca duvides do meu amor."

terça-feira, 2 de agosto de 2011

segunda-feira, 1 de agosto de 2011




Aprendi também que por mais que você queira muito alguém, ninguém vale tanto à pena a ponto de você deixar de se querer.



Eu não preciso de você nem pra andar e nem pra ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado.


Quando a gente ama, a gente entrega a alma para alguém que não sabe direito nem o que fazer com a própria. 



Eu não sou tão triste assim, é que hoje eu estou cansada.




“Vocês não sabem nada de mim. Nunca te disse e nunca te direi quem sou.”




Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la.