“E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas a ilusão de que tudo podia ser meu para sempre.”
domingo, 6 de novembro de 2011
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
“Seja como for, em toda história de amor, mesmo na mais realizada e feliz, há sempre um ingrediente de tristeza, o pressentimento inexorável da perda: porque todos sabemos que essa abundância se acabará algum dia. Provavelmente a vida nunca pareça tão efêmera como na melancolia de um amor que termina.”
“E por causa deste sorriso eu sabia que ela entrara em outro mundo que eu não podia alcançar - um mundo adulto e, mais do que isso, um mundo particular onde ela conhecia a si mesma de um modo que só ela e mais ninguém podia conhecer, e muito menos segui-la até o espaço que ficava por trás daqueles dentes enluarados.”
Não leve a mal se lhe digo que teria sido melhor não a ter conhecido, afinal. Teria sido melhor nunca me ter perdido no seu olhar, nos seus gestos, na sua voz, na sua inteligência, no seu corpo. Teria sido melhor não levar daqui este peso na alma que segue junto com as bagagens, este peso da memória que dias inteiros e noites a fui me há-de perseguir lá, no Equador. Teria sido melhor que nunca nada tivesse acontecido que faz com que até o fim dos meus dias viva a pensar como teria sido uma vida inteira vivida ao seu lado.
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