quarta-feira, 11 de maio de 2011




'Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.(...)

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar,
se perde de si mesma.' 



Marina Colasanti

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